Jornada de trabalho: motorista profissional!!!

Chat realizado com especialistas em transportes lançou um alerta assustador: ''A realidade atual é de uma escravidão sobre rodas'', afirma o jornalista e coordenador do programa SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto.

Esta frase contundente espelha a realidade do setor de transportes no Brasil. Os motoristas são submetidos a jornadas de trabalho desumanas, que se estendem por mais de 10 horas diárias.

Dirigir é uma atividade que exige atenção e concentração, que são fundamentais para reduzir o risco de acidentes. Motorista que não dorme se transforma em um motorista de risco para todos os demais usuários do sistema! O pior de tudo é que para não dormir, estes motoristas fazem uso de 'rebite', remédios controlados que são comprados sem receita no mercado negro, e que debilitam a sua saúde.

É uma lógica perversa que, infelizmente, só irá se modificar com uma legislação mais rigorosa e uma fiscalização idem. O ideal seria uma jornada máxima de 8 horas com pausas a cada 2 horas contínuas ao volante. Para fazer cumprir, basta analisar os tacógrafos dos veículos e responsabilizar os responsáveis por esta exploração.

Táxis piratas!

Outro dia um amigo comentou comigo sobre o absurdo dos táxis piratas na Rodoviária Novo Rio. A filha deste amigo chegou à rodoviária e queria ir para o aeroporto Santos Dumont no Centro do Rio. Percurso de não mais que R$ 20,00. O picareta do taxista cobrou R$70,00, alegando que é prática cobrar sem taxímetro. O que isto tem a ver com segurança de trânsito? Tudo!!!!

Um profissional que é capaz de roubar um passageiro deste jeito, não é capaz de seguir regras básicas de civilidade quando está ao volante! Qual a cortesia que se pode esperar deste motorista? Como fazê-lo entender as prioridades e as preferências dos demais usuários do sistema de transportes?

Por outro lado, onde está o poder público que não consegue ou não se esforça para conter este monte de transporte bandalha que existe na cidade? Não me parece difícil combater este tipo de crime. Tem que apenas ser algo sistemático, contínuo e que deixe clara a disposição de restabelecer a ordem.