terça-feira, 27 de março de 2007

Situação crítica das estradas brasileiras

Anualmente, desde 1995 quando foi realizada a primeira, a Confederação Nacional do Transporte publica pesquisa sobre as condições das estradas brasileiras.

Em 2006, “dos 84.382 quilômetros avaliados, envolvendo 100% da malha rodoviária federal pavimentada e alguns dos principais trechos sob gestão estadual e sob concessão, 63.294 quilômetros (75%) foram classificados como deficientes, ruins ou péssimos. Um quarto das estradas percorridas, o equivalente a 25%, recebeu avaliação geral boa ou ótima”, quando consideradas somente as rodovias com pedágio (administradas por por concessionárias ou com pedágios administrados por órgãos estaduais) a situação se inverte, 79,7% encontram-se com estado geral classificado como ótimo e bom.

O estado geral das rodovias como um todo piorou em relação a 2005 (Tabela abaixo). Houve melhora nas condições de pavimento, mas as condições de sinalização pioraram. Entre as 10 piores ligações rodoviárias 7 se encontram no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil (4 no nordeste, 2 no centro-oeste e 1 no norte) e todas as 10 melhores se encontram no Sudeste.

A íntegra da pesquisa pode ser obtida no site da CNT:
http://www.cnt.org.br/informacoes/pesquisas/rodoviaria/2006


Histórico e Evolução Pesquisa Rodoviária CNT – 2003 a 2006

domingo, 25 de março de 2007

Ainda sobre as películas

Tem pessoas que defendem a película... Tem as que atacam...

A polêmica é grande!!!!!

Este assunto já foi e é tema de debates em outros locais, como o endereço a seguir:
http://blog.estadao.com.br/blog/jc/?title=pelicula_nos_vidros_aumenta_a_seguranca&more=1&c=1&tb=1&pb=1

sexta-feira, 23 de março de 2007

Onde estão as faixas de pedestres???

Triste sina a do pedestre no Rio de Janeiro!!!!!



Temos que andar olhando para o alto para nos livrarmos dos pingos de ar condicionado e marquises que caem em nossas cabeças; para o chão para não pisarmos em buracos e tropeçarmos; para os lados para não sermos assaltados... Quando finalmente chegamos a uma faixa de pedestres, nossa garantia de travessia segura, o que vemos? Não há faixa!!!! Onde deveria existir uma, existe um arremedo de faixa, sombras do que outrora foram as listras da pobre faixa que não sofre manutenção há 'séculos'!!!!!

A foto acima mostra a interseção da Av. Almirante Barroso com Graça Aranha, região supercentral e movimentada no RJ. As áreas onde deveriam estar as faixas de pedestres estão circundadas de vermelho.

Que vergonha!!!!!!!

quinta-feira, 22 de março de 2007

Película escura nos vidros dos carros



Antes da aprovação do Código de Trânsito Brasileiro, o uso de película refletiva era vetado pela Portaria nº 784 do CONTRAN (de 12 de julho de 1994), que afirmava ser “proibida a aplicação de qualquer tipo de película, refletiva ou não” nas áreas envidraçadas indispensáveis (pára-brisa, janelas das portas dianteiras esquerda e direita, quebra-ventos fixos ou basculantes, se existentes), sendo permitido o uso de vidros com coloração para diminuição de transparência “somente quando a cor for aplicada inateravelmente na sua fabricação”.

Em 1998, a Resolução 73 do CONTRAN liberou o uso da referida película, mantendo os limites de transparência e transmissão luminosa da portaria anterior. Este precedente aberto pela legislação gerou um abuso por parte de muitos proprietários, que passaram a instalar películas que não permitem uma visualização satisfatória das pessoas no interior do veículo, como a fiscalização não é eficiente, é possível encontrar veículos com vidros completamente negros.



As justificativas de quem utiliza películas escuras são que: a pessoa se sente segura contra o risco de assalto, já que o ladrão não consegue identificar se o ocupante do veículo é uma vítima potencial ou não; a película bloqueia a passagem dos raios solares e fornece proteção aos estilhaços de vidro em caso de acidente. Ocorre que “85% das informações necessárias ao condutor são informações visuais”, logo qualquer sistema que diminua a visualização do interior para o exterior do veículo gera um maior risco de acidente. Além disso, é muito comum no sistema de trânsito a utilização de uma linguagem não verbal, onde uma troca de olhares, determinadas expressões faciais ou meneios de cabeça adquirem significados como permissão de preferência de passagem para pedestres ou outros veículos, demonstração de irritação, intensão de efetuar conversões entre outras. O uso de película obstrue esta comunicação entre os atores do sistema, diminuindo a qualidade e a segurança dos deslocamentos.

Mesmo na questão de segurança pública, o uso da película é relativo, pois se o usuário se 'sente' seguro individualmente (não se sabe se esta segurança é real ou se é apenas uma sensação de segurança) os demais veículos que o cercam se sentem ameaçados pela presença de um automóvel onde não se enxergam os ocupantes, principalmente à noite.

Outra questão é que essa suposta medida de segurança traz uma série de contra-indicações. Segundo o delegado Manoel Camassa, da 4.ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas (Divecar), no caso dos seqüestros-relâmpago, o criminoso pode render o motorista antes que ele entre no carro. Depois, fica totalmente à vontade para agir, graças à proteção visual da película (http://carsale.uol.com.br/opapoecarro/variedades/var_011004.shtml).

A fiscalização de infrações comuns como uso de telefone celular e não uso de cinto de segurança é também prejudicada, pois muitas vezes não é possível para o agente fiscalizador de trânsito perceber essas más condutas para um ocupante de um veículo com vidro com película. A alegada proteção extra em caso de acidente não se justifica pelo fato de os vidros dos veículos já serem laminados, fornecendo adequada segurança contra estilhaços e cortes.

Assim, percebe-se que as alegações contrárias ao uso da película são mais fortes e relevantes do que aquelas a seu favor, não havendo razão suficiente para o legislador ter permitido o seu uso. Não foi gerado nenhum benefício concreto para os usuários que a utilizam e geraram-se problemas para a coletividade, cujo bem-estar deveria ser o principal objeto de preocupação do poder público.

Ou terá sido lobby do fabricante das películas?????

quarta-feira, 21 de março de 2007

Cilindros de GNV

Desde que se iniciou a utilização de gás natural (GNV) pelos veículos nacionais, ocorreram alguns problemas de segurança. Primeiro eram os proprietários que utilizavam botijão de GLP adaptados e que não suportavam a pressão das bombas dos postos. Depois alguns kits de conversão inadequados que poderiam causar problemas de incêndio.



Atualmente, um problema que me preocupa é quanto à segurança da fixação do conjunto do cilindro no compartimento de bagagens dos veículos. Em algumas situações de acidentes o cilindro pode se soltar da base e ser 'jogado' contra o banco traseiro.

Considerando-se a massa do cilindro e a velocidade no momento da colisão, este estrago pode ser grande.

Há testes para certificação do cilindro, mas e o conjunto de fixação? Como garantir a sua integridade em caso de acidente? Como evitar que o mesmo cause danos aos ocupantes do banco traseiro?



No caso acima, não havia ninguém no banco de trás!!!! E se houvesse?????

terça-feira, 20 de março de 2007

Pingos de aparelhos de ar-condicionado

Não sei se é uma situação disseminada em todo o Brasil, mas uma outra praga que assola as ruas do Rio, notadamente o Centro da cidade, são os pingos de ar condicionado.

Por total falta de interesse dos proprietários e falta de fiscalização por parte da prefeitura, pois tal prática fere o Código de Posturas do município, quem transita pelas calçadas da região central do Rio de Janeiro é brindado com gotas de água no rosto, ombros, costas, óculos etc.

É mais um item de desconforto para qem anda a pé! É mais uma demonstração de falta de respeito com o pedestre!!!!

domingo, 18 de março de 2007

Mais um acidente nas madrugadas

Rio de Janeiro, 5h30min, de sábado para domingo, carro em alta velocidade se desgoverna e mata 1 pessoa e fere 3.

Parece notícia repetida, mas não é! Este acidente ocorreu no último final de semana e a pessoa morta e as 3 feridas estavam num ponto de ônibus. Eram trabalhadores!!!

O atropelador, que vinha em alta velocidade não foi preso e nem submetido a exame de alcoolemia... O resultado desta impunidade? Repetidos acidentes nos finais de semana!!!

De vez em quando há uma maior comoção, como no caso dos cinco adolescentes mortos na Lagoa, mas logo se retorna à velha rotina!!!!

Sem uma mudança na legislação, que puna severamente estes infratores não acredito em melhora!!!!

terça-feira, 13 de março de 2007

Bandalhas

A foto abaixo saiu hoje na coluna do Ancelmo Gois, no jornal O Globo. Um veículo da Prefeitura fazendo uma conversão proibida.

Penso ser este um dos grandes problemas culturais do Brasil. Quem deveria dar o exemplo e seguir a lei não o faz.

Quantos agentes da lei dirigem sem cinto de segurança? Quantos veículos oficiais param em local proibido? Depois fica muito difícil exigir que a população cumpra o seu dever. Acabamos virando um país onde só se quer ter direitos... Direito à greve, à estabilidade e nada de deveres.


Esta foto é emblemática da nossa situação!!!! É vergonhosa para todos nós como cidadãos e deveria ser vergonhosa para nossos gestores!!!

Ainda falando sobre marquises

A última do nosso prefeito César Maia foi criar um decreto proibindo a instalação de novas marquises de concreto, contrariando arquitetos e urbanistas. Para quem transita a pé por uma cidade quente como o Rio, as marquises são um aliado importante, fornecendo sombra e dando momentos de conforto durante a caminhada. Durante nossos temporais de verão elas também são nossas aliadas.

Reflito se algumas das raízes dos nossos poblemas não seria este, o descompasso entre o pensamento de políticos e gestores públicos e os anseios da população. Isto é uma constante no Brasil e parece que aqueles sempre estão na contramão do que pensa a população.

Será que no futuro teremos que conviver com horríveis toldos desbotados e mal mantidos? Vamos ver!

segunda-feira, 12 de março de 2007

Quebra mato nos veículos

Hoje reproduzo texto do Estado de Minas... Depois comento!!!!!


Opinião - QUEBRA & MATA
Estado de Minas - MG - 10/03/2007

Seção: Veículos

Dose dupla de covardiaBoris Feldman

O Contran repetiu a dose: assim como lhe faltou coragem e determinação para proibir de vez os execráveis engates, partiu para a mesma solução em relação ao quebra-mato. Aquele famigerado conjunto de canos colocado à frente do pára-choque dianteiro do veículo já foi proibido por estar rigorosamente na contramão da história: nova legislação da Comunidade Européia obriga as montadoras a tornarem os automóveis cada vez menos agressivos aos pedestres, em caso de atropelamento. Seus engenheiros desenvolvem pára-choques cada vez mais macios e absorventes, além de capôs mais inclinados e afastados do motor. Airbags que se inflam defronte aos pára-choques já foram testados na Europa.

Os belos ornamentos sobre o radiador dos automóveis foram abolidos ou devem ser retráteis. E nas simulações de acidentes, além dos danos provocados aos bonecos no interior do carro, já se analisam, comparam e divulgam as conseqüências de um atropelamento. No Brasil, para tornar as picapes, utilitários-esportivos e off-roads (de mentirinha) mais 'bonitinhos', as montadoras e fabricantes de acessórios não pensam duas vezes antes de instalar esses monstrengos. Questionados, sua explicação é das mais singelas: "É exigência do mercado".

Há no Brasil uma completa despreocupação em relação à segurança veicular. Nossos automóveis não são pensados para proteger nem passageiros nem pedestres. E a nossa legislação é rigorosamente falha nesta questão. Ela exige, por exemplo, apoios de cabeça apenas para quatro passageiros, mesmo nos automóveis (a maioria) homologados para cinco pessoas. Sabem por quê? Porque o poderoso lobby das montadoras interferiu na elaboração da lei. Como os carros compactos produzidos aqui são exportados para a Europa e homologados lá para apenas quatro passageiros, então são instalados apenas quatro apoios de cabeça para cumprir o que exige o mercado europeu. E dane-se o pescoço do brasileiro que vai no meio do banco traseiro. No caso de um impacto traseiro, ele corre o risco de ter a coluna cervical quebrada.

Outro exemplo? A mesma legislação que obriga a criança a ser conduzida no banco traseiro permite que ela vá na frente em picapes de cabine simples. Ou seja, só crianças nos automóveis são protegidas no caso de uma batida. O governo não se preocupa com as que vão nas picapes. Por falar em criança e, voltando ao "quebra&mata", o equipamento, que agrava as conseqüências no caso de atropelamento de um adulto, pode ser fatal quando atinge uma criança, pois a barra horizontal de ferro tem sua altura no mesmo nível da cabeça da criança.

Apesar de todos esses argumentos incontestáveis, o Contran decidiu 'regulamentar' o equipamento, em vez de proibi-lo de vez. Vale aqui uma observação: enquanto montadoras, como General Motors, Ford, Mitsubishi e outras continuam aplicando o quebra-mato em seus veículos, duas outras decidiram o contrário. A Fiat foi a primeira que partiu para outras soluções estéticas em sua linha Adventure. E a Volkswagen é a segunda a demonstrar preocupação com a segurança veicular e excluir o quebra&mata de seus próximos esportivos utilitários.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Mais sobre crianças no carro

Hoje é rapidinho.

Encaminho link para o site do INMETRO onde podem ser encontradas orientações sobre cadeirinhas de crianças



quinta-feira, 8 de março de 2007

O inferno das vans

Até quando teremos que conviver com estas pragas urbanas chamadas vans?

Este tipo de transporte tem uma aplicação específica dentro do sistema de tráfego, alimentando outros modos de transporte de maior capacidade e levando os moradores a locais de difícil acesso, onde os ônibus não conseguem trafegar. No Rio isto seria muito útil em morros, nas favelas com suas vias estreitas e locias de baixa demanda de passageiros.

Ocorre que hoje elas se disseminaram de uma tal maneira que fizeram da vida em alguns bairros um inferno. O Centro do Rio fica infestado destes veículos com seus motoristas deseducados e sua anarquia quanto aos locais de parada. Ocupam os pontos dos ônibus, que ocupam a 2ª faixa da via, sobrando muito pouco para o restante do tráfego.

Resultado: retenções, congestionamentos, irritação e estresse, contribuindo ainda mais para a perda da nossa qualidade de vida!!!!

E nossas autoridades o que fazem?????????

quarta-feira, 7 de março de 2007

Carros batidos - site interessante

Para quem faz palestras ou dá aulas ou por mera curiosidade.

Visite o site: http://www.wreckedexotics.com Tem várias fotos de veículos batidos!!!!

Dá uma idéia interessante de como ficam veículos, mesmo modernos e seguros, após os atos de imprudência dos motoristas.

Vale a visita!!!!!

terça-feira, 6 de março de 2007

Carros nas calçadas do RJ

Na coluna do Anselmo Góis do jornal O Globo de hoje (06/03) há uma crítica aos carros estacionados na nova calçada próxima à estação do metrô do Cantagalo, recém-inaugurada...

As calçadas da cidade do Rio de Janeiro são um exemplo de falta de educação, ausência de ficalização e precária cidadania. Os pedestres são obrigados a dividir o seu espaço com toda a sorte de interferências: carros, motos, bicicletas, camelôs, distribuidores de folhetos, mobiliário urbano mal dimensionado e mal instalado etc. Isto se repete a cada dia, sem que nenhuma ação seja feita para mudar este quadro.

Em 2003, publiquei artigo no congresso da ANTP sobre este tema e, de lá para cá, nada se alterou.

Antes de serem exceção, as duas fotos a seguir retratam situações que são regra no Rio. Infelizmente!!!!!


estacionamento na calçada de um acesso ao terminal de ônibus da Praça XV, com grande fluxo de pedestres que são obrigados a transitar pela via


presença de camelôs na rua México

segunda-feira, 5 de março de 2007

Acidente entre trem e caminhão no Japão

Um acidente entre um trem e um caminhão transportando lenha ocorreu em 1º de março no Japão. O motorista do caminhão afirmou que não conseguiu frear a tempo após perceber que a cancela estava fechada.

Passagens em nível são um fator de alto risco de acidentes de trânsito. O que ocorre com a percepção de risco dos usuários que sistematicamente tentam ultrapassar a via férrea antes de o trem passar? Este tipo de acidente é recorrente!

Em abril de 2005 ocorreu outro acidente de trem no Japão, mas daquela vez foi o condutor do trem que quis tirar um atraso de 90 segundos na programação e imprimiu velocidade acima do recomendado.

Os procedimentos são para serem seguidos, mas insistimos em burlá-los. Será um traço da personalidade do ser humano?

quinta-feira, 1 de março de 2007

Mais sobre marquises

Hoje o prefeito César Maia fala em proibir a construção de marquises...

Ora, a marquise não é culpada da sua queda e sim a falta de manutenção por parte do proprietário do imóvel e a falta de fiscalização por parte do poder público. Se assim não fosse, teríamos que proibir a construção de prédios de apartamentos após a queda do Palace 2. Risível esta sugestão do nosso prefeito!!!!!

A marquise é um excelente elemento para prover conforto nos deslocamentos a pé no calor do Rio de Janeiro. Às vezes tudo o que queremos é uma sombrinha de uma marquise para continuarmos caminhando com menos calor e suor.

Se cada um cumprir a sua parte a marquise não representa riscos excessivos para a população.

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