Fui obrigado a dar um tempo nos posts sobre segurança de pedestres, pois esta notícia é chocante: motorista dorme ao volante de madrugada!!! Aconteceu em Porto Alegre e a pessoa foi acordada pela equipe de reportagem da rede de televisão e ainda confessou que tinha bebido.
Esta matéria chama a atenção por dois fatores de risco: cansaço e ingestão de bebida alcoolica. Isolados, cada um destes dois fatores já são problemáticos para a tarefa de dirigir, combinados são quase uma tragédia!
Ressalvadas as diferenças individuais, o sono pode ser causado por noites mal dormidas, excesso de trabalho, doenças ou ingestão de bebidas alcoolicas, entre outras coisas. A ingestão de bebidas alcoolicas, além de causar a redução da percepção da velocidade, dos reflexos, da visão periférica, também leva à redução da atenção e aumenta a negligência com os riscos. Associado à direção noturna (madrugada) isto aumenta ainda mais a chance de adormecer ao volante. Foi exatamente o caso do motorista da reportagem!
A dica para evitar este problema é não dirigir cansado, depois de longos períodos dormindo mal ou com trabalho pesado, e nem dirigir depois de beber, pois você poderá dormir ao volante. Felizmente, no caso do motorista que inspirou este post, ele conseguiu chegar em casa sem sofrer ou causar um acidente. Mas não esqueça que sempre devemos ajudar a sorte, em vez de deixar a prevenção ao acaso.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Por que os pedestres atravessam fora da faixa?
Esta semana o Bom Dia Rio fez uma excelente matéria sobre os pedestres atravessando a rua fora da faixa, próximo à Central do Brasil, local de grande movimento de pedestres no Centro do Rio de Janeiro.
Nesta região, recentemente, foram instalados gradis para impedir que os pedestres atravessassem fora da faixa, mas estas grades já foram danificadas, permitindo que se continue transgredindo a lei.
Curiosamente, vários entrevistados na reportagem alegaram pressa para atravessar fora da faixa, mas a grande maioria atravessava sem correr, derrubando o seu principal argumento. Na verdade, a pressa serve como desculpa para várias das nossas transgressões de trânsito.
Infelizmente, as travessias (ou sinais) não respeitam uma lógica básica na sua implantação: elas deveriam ser instaladas na linha de desejo da maioria dos pedestres. Tem que se ficar no local, observar os fluxos de pedestres e fazer a travessia onde a maioria atravessa. A seguir, se deveria fazer uma campanha de esclarecimento sobre a faixa, a importância do gradil para proteção das pessoas e, finalmente, se fiscalizar o cumprimento das travessias. Durante um bom tempo esta fiscalização deveria ser educativa.
Particularmente, não vejo com bons olhos partir para multar os pedestres! Se pensarmos no nível de instrução da nossa população, veremos que grande parte não percebe os riscos de atravessar fora dos locais corretos e se deixa levar por um comportamento desordeiro. Um trabalho de educação traria bons frutos. Diferentemente do motorista, o pedestre não recebe instrução sobre as leis de trânsito e sobre como se comportar a pé nas ruas. Não há carteira de habilitação para pedestres.
Paralelamente, também se deveria fazer um estudo das condições do local, redimensionando tempos de sinal para permitir uma travessia segura do fluxo de pedestres. O que, geralmente, não ocorre. Tradicionalmente, os ciclos semafóricos são dimensionados para privilegiar a fluidez do tráfego de veículos, impondo atrasos incômodos para os pedestres. Facilitar o uso da passagem subterrênea do metrô também seria uma boa ideia para a região da Central.
Educar e fiscalizar dá trabalho, mas traz muitos benefícios no longo prazo. E poderíamos aproveitar o fato de termos as Olimpíadas em 2016 e melhorar o comportamento dos nossos pedestres.
Vilmar Miranda
Nesta região, recentemente, foram instalados gradis para impedir que os pedestres atravessassem fora da faixa, mas estas grades já foram danificadas, permitindo que se continue transgredindo a lei.
Curiosamente, vários entrevistados na reportagem alegaram pressa para atravessar fora da faixa, mas a grande maioria atravessava sem correr, derrubando o seu principal argumento. Na verdade, a pressa serve como desculpa para várias das nossas transgressões de trânsito.
Infelizmente, as travessias (ou sinais) não respeitam uma lógica básica na sua implantação: elas deveriam ser instaladas na linha de desejo da maioria dos pedestres. Tem que se ficar no local, observar os fluxos de pedestres e fazer a travessia onde a maioria atravessa. A seguir, se deveria fazer uma campanha de esclarecimento sobre a faixa, a importância do gradil para proteção das pessoas e, finalmente, se fiscalizar o cumprimento das travessias. Durante um bom tempo esta fiscalização deveria ser educativa.
Particularmente, não vejo com bons olhos partir para multar os pedestres! Se pensarmos no nível de instrução da nossa população, veremos que grande parte não percebe os riscos de atravessar fora dos locais corretos e se deixa levar por um comportamento desordeiro. Um trabalho de educação traria bons frutos. Diferentemente do motorista, o pedestre não recebe instrução sobre as leis de trânsito e sobre como se comportar a pé nas ruas. Não há carteira de habilitação para pedestres.
Paralelamente, também se deveria fazer um estudo das condições do local, redimensionando tempos de sinal para permitir uma travessia segura do fluxo de pedestres. O que, geralmente, não ocorre. Tradicionalmente, os ciclos semafóricos são dimensionados para privilegiar a fluidez do tráfego de veículos, impondo atrasos incômodos para os pedestres. Facilitar o uso da passagem subterrênea do metrô também seria uma boa ideia para a região da Central.
Educar e fiscalizar dá trabalho, mas traz muitos benefícios no longo prazo. E poderíamos aproveitar o fato de termos as Olimpíadas em 2016 e melhorar o comportamento dos nossos pedestres.
Vilmar Miranda
Doutor em Engenharia de Transportes, professor e há mais de 15 anos trabalhando para uma melhor segurança de trânsito no Brasil. Leia Mais sobre o autor... |
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Você sabe orientar as suas crianças pedestres?
Hoje o assunto é rápido, mas muito importante: segurança das crianças no trânsito, quando elas estão a pé.
Dentro da Década de Ações para a Segurança de Trânsito - 2011/ 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS)relança uma cartilha (em inglês e francês) alertando para os riscos para os pequenos pedestres.
Este post inicia uma série de lembretes e alertas visando à segurança de pedestres, tema da Semana Nacional de Trânsito 2014: Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade ao Pedestre. A Semana ocorre anualmente, de 18 a 25 de setembro, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
E você, como orienta o seu filho para se comportar no ambiente de tráfego? Pensa que eles sempre irão andar de carro? E quando caminharem nas calçadas e nas ruas, eles saberão com agir?
Voltaremos ao assunto em outros posts.
Dentro da Década de Ações para a Segurança de Trânsito - 2011/ 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS)relança uma cartilha (em inglês e francês) alertando para os riscos para os pequenos pedestres.
Este post inicia uma série de lembretes e alertas visando à segurança de pedestres, tema da Semana Nacional de Trânsito 2014: Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade ao Pedestre. A Semana ocorre anualmente, de 18 a 25 de setembro, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
E você, como orienta o seu filho para se comportar no ambiente de tráfego? Pensa que eles sempre irão andar de carro? E quando caminharem nas calçadas e nas ruas, eles saberão com agir?
Voltaremos ao assunto em outros posts.
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