Neste final de semana li uma matéria sobre a velocidade incompatível com a qual os ônibus trafegam no Rio. Quem já andou de ônibus na cidade, principalmente em horários de menor moimento das vias e com os coletivos vazios sabe o horror que é a conduta dos motoristas.
As empresas alegam que os motoristas são treinados e que infelizmente é difícil fazer alguma coisa. A velha fórmula de culpar o empregado pela gestão deficiente das empresas.
Aqui ficam algumas dicas... Os ônibus são dotados de tacógrafos ou computadores de bordo,que permitem verificar as velocidades praticadas ao longo do trajeto. Alguns sistemas de bordo permitem verificar o comportamento dos motoristas, tais como freadas e acelerações bruscas, excesso de inclinação lateral etc. A análise destes dados, que deveria ser feito regularmente pelas empresas, seria um grande auxiliar da gestão eum forte insumo para uma mudança de comportamento dos motoristas. Utilizando indicadores de desempenho para monitorar estes parâmetros e premiar os bons motoristas se dará um grande passo para a melhoria das condições das viagens. Outra questão se refere às exigências de tempo para o cumprimento do itinerário. Se a empresa "aperta" o motorista para que ele cumpra horários irracionais, ele irá se comportar d emodo irracional. Ainda se tem que respeitar a jornada de trabalho dos motoristas e melhorar as condições de descanso nas instalações dos pontos finais e garagens.
Por último, algo mais sutil, a empresa deve sinalizar claramente (por meio de melhoria do conforto do veículo e renovação da frota) que ela realmente se preocupa com o conforto do usuário. Se a empresa se preocupar com isto (E o motorista perceberá quando isto ocorrer!) será muito fácil implementar uma mudança de postura dos motoristas.