quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Imprudência não é causa básica de acidentes

Acabo de ler uma matéria no G1 noticiando uma pesquisa que concluiu que a imprudência dos motoristas é a principal causa dos acidentes nas estradas.

Ainda não li a pesquisa, mas baseando-me apenas na notícia, arrisco-me a fazer alguns comentários. A imprudência pode ser classificada como causa imediata de um acidente, mas não é a sua causa básica.

Explicando melhor, a causa imediata é aquilo que gerou imediatamente o acidente; já a causa básica é a razão da ocorrência do acidente sobre a qual devem ser feitas recomendações para impedir a ocorrência de acidentes semelhantes. Simplificando ainda mais, se fizermos recomendações sobre as causas imediatas, os acidentes continuarão a ocorrer, mas se as fizermos sobre a causa básica, poderemos bloquear a ocorrência de outros acidentes similares ou de mesma natureza.

Ora, o ser humano sempre tenderá a ter ou terá comportamento imprudente: excessos de velocidades, ultrapassagens arriscadas etc. O que se pode fazer é fazer são vias mais largas e com canteiros dividindo as faixas de sentidos contrários; instalar mais defensas para impedir os veículos descontrolados de saírem da pista; fiscalizar melhor para coibir excessos, entre outras ações ambientais.

A própria matéria aponta o caminho da solução, ao afirmar "que, entre 2005 e 2009, o número total de acidentes com feridos diminuiu 10,4% nas rodovias privadas. Porém, nas rodovias públicas, esse índice subiu 12,08% no mesmo período".

Ou seja, onde houve investimento em melhorias os acidentes caíram, onde nada foi feito, os acidentes subiram! E são os mesmos motoristas imprudentes que trafegam nos dois tipos de rodovia.

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